
Provavelmente terá tido origem no Antigo Egipto, ou mesmo muito antes. Frequentemente, foi alvo da repressão de quem não tolerava a subversão de um mundo virado do avesso. A opinião de autores e historiadores sobre o Carnaval não é unânime tanto em relação à data do seu surgimento como em relação à origem da própria palavra «Carnaval».
Há efectivamente duas correntes distintas na abordagem da origem da palavra e que se baseiam em duas oposições hoje presentes nas celebrações do Carnaval. A primeira é a oposição entre a ordem e a desordem, entre o mundo visível e quotidiano e os impulsos inconscientes, entre a representação e a vontade, entre o mundo que vemos e o mundo visto de cabeça para baixo. Nesta linha, a palavra «Carnaval» teria a sua origem no vocábulo latino Carrum Navalis, os carros navais que faziam a abertura das Dionísias Gregas nos séculos VII e VI a.C., e onde a euforia e a inversão de valores se estendiam pelas ruas das cidades. A segunda oposição, com origem marcadamente cristã, é entre o Carnaval e a Quaresma, ou entre a terça-feira de Carnaval e a Quarta-feira de Cinzas (que marca a entrada no período da Quaresma). A palavra terá surgido quando Gregório I, o Grande, em 590 d.C. transferiu o início da Quaresma para quarta-feira, antes do sexto domingo que precede a Páscoa. Ao domingo anterior deu o título de dominica ad carne levandas, expressão que se teria sucessivamente abreviado para carne levandas, carne levale, carne levamen, carneval e carnaval e que significam acção de tirar, quer dizer: "tirar a carne", ou "adeus à carne". A terça-feira, seria legitimamente a noite do Carnaval. Seria, em última análise, a permissão de se comer carne antes dos 40 dias de jejum (Quaresma).
Durante o período do Carnaval havia uma grande concentração de festejos populares. Cada cidade brincava a seu modo, de acordo com seus costumes.
Independentemente da origem da palavra, as manifestações carnavalescas de hoje não são novas nas suas formas e conteúdos, antes se constituiem como produto da sociedade vitoriana do século XIX.
O Carnaval continua a ser particularmente festejado em algumas cidades, das quais destacamos Veneza, Colónia e Munique, New Orleans e Rio de Janeiro. Sucessivamente, iremos partilhar convosco estes festejos, dando a conhecer a sua realidade.
O Carnaval continua a ser particularmente festejado em algumas cidades, das quais destacamos Veneza, Colónia e Munique, New Orleans e Rio de Janeiro. Sucessivamente, iremos partilhar convosco estes festejos, dando a conhecer a sua realidade.


Veneza é uma cidade maravilhosa, bem no centro do coração de Itália, famosa pelas suas paisagens, as suas gôndolas e os seus bailes de carnaval.
As máscaras do carnaval de Veneza são famosas em todo o mundo pelo detalhe, pela beleza na elaboração e pela riqueza com que são apresentadas.
Outrora, as máscaras permitiam a quebra das barreiras sociais e os ricos podiam aproximar-se dos pobres sem serem socialmente condenados ou comprometidos. O facto é que de tudo isso restaram as festas carnavalescas que proliferam em toda a cidade e que se têm modernizado com o passar do tempo, mas as máscaras permanecem quais fantasias coloridas.


Hoje em dia o carnaval veneziano está muito mais moderno mas conserva a tradição do uso de máscaras maravilhosas, confeccionadas manualmente, que embelezam os bailes e trazem aquele glamour que, juntamente com o cenário de Veneza, tornam o seu carnaval inesquecível.

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